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Ondas de calor podem prejudicar coração do bebê, diz estudo

Ondas de calor podem prejudicar coração do bebê, diz estudo

Temperaturas muito altas são capazes de desidratar, baixar a pressão e causar mal estar em qualquer pessoa. No entanto, segundo cientistas, elas escondem perigos ainda mais graves e pouco perceptíveis. Um estudo recente publicado no Journal of American Heart Association, descobriu que um número maior de bebês provavelmente nascerá com cardiopatias congênitas entre 2025 e 2035 devido à exposição de suas mães ao calor extremo.

Segundo o estudo, as deficiências cardíacas congênitas podem prejudicar a saúde geral do bebê e, potencialmente, afetar a forma como o corpo funciona ou se desenvolve. O cientistas chegaram a essas conclusões depois de cruzarem dados do Estudo Nacional de Prevenção de Defeitos Congênitos e dados climáticos do governo americano. Além disso, o estudo também levou em conta pesquisas anteriores em animais, como da Universidade de Sydney, na Austrália, que descobriram que o calor pode causar morte celular fetal e afetar negativamente as proteínas que desempenham um papel crucial no desenvolvimento fetal.

“Nossas descobertas ressaltam o impacto alarmante da mudança climática na saúde humana e destacam a necessidade de melhorar o preparo para lidar com o aumento previsto em uma condição complexa, que geralmente requer cuidados e acompanhamento”, disse o autor do estudo, Shao Lin, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Albany. “Embora este estudo seja preliminar, seria prudente que as mulheres, nas primeiras semanas de gravidez, evitassem os extremos de calor. A recomendação é semelhantes a que é dada às pessoas com doenças cardiovasculares e pulmonares, durante os períodos de calor”, finaliza.

Para o obstetra Rui Ferriani, da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os impactos do aquecimento global na nossa saúde faz sentido. “Há diversos estudos mostrando os impactos do aquecimento global, como no aumento da prematuridade, baixo peso e efeitos no desenvolvimento no feto, desde a sua formação. Então, essa hipótese é bem plausível”, afirma. “Pode ser um alerta sobre a evolução da nossa espécie. Ou seja, um sinal de que teremos, em um futuro mais distante, alterações de características para nos adaptarmos a essas mudanças”, conclui.