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Hormônios na gravidez: quantidade varia de acordo com idade, raça e peso da mãe

Hormônios na gravidez: quantidade varia de acordo com idade, raça e peso da mãe

Nos primeiros meses de gestação, os hormônios desempenham um papel fundamental tanto na saúde do bebê quanto da mãe. Sabendo disso, pesquisadores da Universidade de Rutger, em Nova Jersey, Estados Unidos, resolveram entender melhor o que impulsiona uma concentração elevada durante o desenvolvimento fetal.

Para isso, eles analisaram as quantidades de estrogênios e testosterona em 548 mulheres saudáveis ​​no primeiro trimestre de gravidez. Depois de terem uma amostra de sangue coletada, elas preencheram questionários com itens sobre a demografia, bem como fatores de estilo de vida, incluindo o uso de álcool ou tabaco, e estressores em suas vidas. A maioria das mulheres era branca, casada, tinha boa educada e idade média de 31 anos. Menos de 5% bebiam álcool e menos de 8% fumavam.

Os pesquisadores descobriram que aquelas que haviam dado à luz com mais idade tinham níveis mais baixos de estrogênio e testosterona. Eles também concluíram que as gestantes com sobrepeso tinham níveis mais baixos de estrogênio, mas níveis mais altos de testosterona do que as mais magras.

Confirmando os resultados de trabalhos anteriores, eles descobriram que as mulheres negras tinham níveis mais altos de testosterona do que as mulheres de outras raças. Essa diferença, inclusive, pode ajudar a explicar as disparidades de saúde em cânceres reprodutivos e outras doenças sensíveis a hormônios. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, as mulheres negras e brancas têm câncer de mama na mesma proporção, mas as mulheres negras morrem de câncer de mama em uma taxa maior do que as mulheres brancas.

O estudo não encontrou variação nas concentrações de hormônio materno em relação ao sexo fetal, estresse ou fatores de estilo de vida como tabagismo e uso de álcool, sugerindo que as concentrações hormonais não foram influenciadas pelos comportamentos maternos ou pelo sexo do feto. “Caracterizar as concentrações de esteróides sexuais durante a gravidez pode fornecer informações importantes sobre o futuro risco de doença da mãe, já que altos níveis de exposição ao estrogênio aumentaram o risco de câncer de mama e ovário mais tarde”, explica Emily Barrett, professora associada da Rutgers School of Public Health.

Estudos anteriores sugerem que o excesso de exposição fetal a estrógenos e andrógenos, que são hormônios sexuais masculinos como a testosterona, pode ter um papel no risco futuro de cânceres reprodutivos e outras condições, como síndrome dos ovários policísticos, endometriose, câncer de próstata e qualidade do sêmen.