HIV, surtos de doenças preveníveis por vacinação, altas taxas de obesidade infantil e sedentarismo, além de impactos à saúde causados pela poluição, pelas mudanças climáticas e pelas crises humanitárias. Estes são alguns dos itens que integram a lista das 10 principais ameaças à saúde global em 2019, divulgada nesta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A entidade pretende colocar em prática um novo plano estratégico, com duração de cinco anos, que deve beneficiar até 1 bilhão de pessoas. O objetivo é garantir acesso à saúde e à cobertura universal de saúde; oferece proteção em caso de emergência; e permitir que essas pessoas desfrutem de melhor saúde e bem-estar.
De acordo com a OMS, as questões que vão demandar mais atenção da organização e de seus parceiros neste ano são:
- HIV
Segundo a entidade, apesar dos progressos, a epidemia de AIDS continua a se alastrar pelo mundo, com quase 1 milhão de pessoas morrendo pela doença a cada ano. Desde o início, mais de 70 milhões de pessoas adquiriram a infecção e cerca de 35 milhões morreram. Atualmente, cerca de 37 milhões vivem com HIV no mundo. Um grupo cada vez mais afetado são as adolescentes e as mulheres jovens (entre 15 e 24 anos), que representam uma em cada quatro infecções por HIV na África Subsaariana.
- Onda anti-vacina
Segundo a OMS, a relutância ou a recusa para vacinar, apesar da disponibilidade da dose, ameaça reverter o progresso feito no combate a doenças evitáveis por imunização. O sarampo, por exemplo, teve aumento de 30% nos casos em todo o mundo. “[A vacina] é uma das formas mais custo-efetivas para evitar doenças – atualmente, previnem-se cerca de 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano”, diz a OMS. Além disso, 1,5 milhão de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura global de vacinação tivesse maior alcance.